domingo, 3 de maio de 2009

O vicio do amor

Ao beber com os amigos nos bares da cidade, invariavelmente acabamos em assuntos que pouco varia, como: futebol, mulher e relacionamentos de sucesso ou não.
Em uma dessas conversas extremamente “produtivas” e filosóficas a seguinte frase foi lançada: “Amar é um vicio”. A partir daí é possível imaginar as opiniões apaixonadas de várias pessoas, ligeiramente alcoolizadas, a favor e contra essa pequena afirmação. O fato de sempre se escutar a declaração que ninguém esquece o primeiro amor, que é o mais marcante, o que fica na memória para a vida toda. Tudo isso comprova essa tese e é sobre ela que vou discorrer por aqui.
O primeiro amor, como todos podem imaginar, é a primeira relação mais profunda, mais marcante, mais importante. É o contato com um sentimento novo, forte, profundo e marcante. Dá a impressão que toda a sua vida anterior fosse incompleta e patética. Nos faz pensar em como pudemos viver sem isso até hoje. Pelo menos foi isso que se passou na minha cabeça quando amei pela primeira vez, o que, na minha opinião, ainda é válido. Mas o que me leva a concluir que amar é um vicio? A simples constatação, e isso não é exclusividade minha, de que a falta de um amor pode fazer o vazio, que você nunca soube que existia antes, voltar e permanecer na sua vida por um longo tempo, é uma prova mais do que clara para confirmar a teoria.
Após o primeiro amor, e posterior fim, passamos semanas, meses, anos procurando alguém para tampar o espaço deixado, para nos dar de volta o gosto do amor, para preencher o vazio deixado pela falta do sentimento que nos fazia tão feliz. Após o primeiro amor, nossa vida, nosso espírito sente a necessidade de reviver aquelas emoções, aquelas sensações tão gostosas e tão perfeitas que sentimos e para saciar essa necessidade, passamos muito tempo procurando alguém capaz de nos fazer reviver tudo aquilo. Não sei se o amor é eterno, como muitos afirmam, ou se é apenas grande demais para acabar no tempo de uma vida humana. Isso nunca saberemos, mas o fato de sempre buscarmos isso, sempre procurar para encontrar alguém que nos passa sentir o amor novamente é a prova do potencial de vicio que o amor exerce sobre o homem.

É uma analogia um tanto barata e simplória para um sentimento tão poderoso e complexo, mas o fato é que se amar é um vicio, posso dizer com todas as letras que sou um viciado contumaz e que esse vicio eu NUNCA vou tratar, afinal, e digo com todas as letras, sou um viciado em amor.

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